sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Quando se tem um filho autista...

Que abomina todo o tipo de equipamento hospital, desde um simples medidor de tensão arterial aos equipamentos mais sofisticados, a reacção perante uma consulta de dentista é mais do que esperada.

Mas com o cheque-dentista que recebi em nome do Martim quase a terminar a validade, não podia desperdiçar a oportunidade e aproveitei para lhe fazer uma marcação.

Enquanto aguardámos na sala de espera, portou-se lindamente. Com uma consola à disposição e a Francisca a acompanhar, entreteu-se a jogar até que fomos chamados.

Assim que chegou à porta e viu a cadeira de especialista foi o descalabro. Não quis entrar, sentou-se no chão a chorar e a querer ir embora. Convenci-o com a conversa de que a Francisca seria observada primeiro, como foi. Mas foi de imediato sentar-se numa cadeira no canto da sala mais longínquo da cadeira de dentista, super atento a tudo o que estava a ser feito com a irmã.

Quando foi chamado de novo voltámos ao mesmo. Choros a tentar alcançar a porta para sair e muita paciência da minha parte (como é natural!) a tentar acalmá-lo e fazer perceber que ninguém lhe ia fazer mal, que só queríamos ver os dentinhos. Com tudo isto, acabou sentado ao colo da dentista, que foi uma querida, e com a história do "Vamos contar os teus dentinhos!" lá conseguiu fazer uma observação rápida, sem utilização de utensílios normalmente usados para o efeito.

Conclusão: Colocar selantes ou tratar algum dente que o Martim venha a necessitar apenas se conseguirá sob o efeito de uma pequena anestesia geral.


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4 comentários:

  1. Pois, grandes doses de paciência, muito Amor ...Grandes Mães!Amados Filhos.

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  2. Existe a possibilidade de sedação consciente... ele fica consciente mas sem possibilidade de reagir... Estou a aguardar consulta nos HUC para o Gui... já tentámos também tratar da forma tradicional apesar do Gui adorar a "cadeira espacial" do dentista e conseguir lembra-se para que servem aqueles botões todos!! ;)

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    Respostas
    1. A médica dentista falou-me que seria uma anestesia muito levezinha que era "só um gazito". Se calhar era essa de que falas. Na próxima semana já vai ver da possibilidade de fazer o acompanhamento pelo hospital. A dúvida está no facto dele não necessitar de tratamento mas sim de prevenção com a colocação dos selantes.

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  3. Estive um ano em Inglaterra numa escola de ensino especial onde fiz grande parte do meu trabalho com crianças autistas. Lembro-me bem do problema que era uma ida ao dentista e mais ainda quando temos crianças que nem sequer verbalizam e por isso descobrir de onde vem uma possível dor é um quebra-cabeças. Beijinho

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