quinta-feira, 11 de julho de 2013

A vida não é só um mar de rosas!

Há dias mais difíceis que outros… Confesso que os últimos não têm sido fáceis!

Nesta quinzena o Reino está reduzido a 6, pois a F. já terminou a escola e foi de férias com os avós para terras algarvias. Falamos todos os dias, pois está claro! Mas já bate alguma saudade de a ter por perto, apesar de saber que ela está muito bem.

Os 4 “terroristas” cá continuam nas suas vidinhas de idas para o colégio, pois a mãe e o pai têm de trabalhar. Nota-se que, nesta fase, já andam cansaditos da rotina. O tempo quente também não ajuda. Mas tem mesmo de ser!
Tudo vai correndo bem, apesar de, por vezes, eles serem um bocadinho chatinhos e teimosos. Normal das crianças destas idades. Situações fáceis de gerir!

Para mim o pior é quando algum adoece e desregula tudo.
O M. anda adoentado. Há 3 dias começou a vomitar, a ficar com falta de apetite e não querer comer. Se ele já é magrinho por natureza, agora mais magrinho está. Aceita comer papas (Cerelac ou Nestum), sopa, iogurtes e pouco mais. Está completamente intolerante à água e ao leite que assim que entram no estômago fazem o caminho de volta para fora.

O M. é uma criança muito sensível em termos de doença. Felizmente é raro adoecer, mas basta não se sentir bem que fica logo prostrado, passando grande parte do dia deitado e a dormir. Ainda ontem, depois de comer a sopita ao jantar, quando fui ver já se tinha deitado e adormecido. O pior é quando se lembra, às 4h da madrugada, de começar a abanar a cama, que já range de tanto abano (acção comum em crianças com o diagnóstico de PEA que ele tem) e de se levantar e começar a acender as luzes e abrir as portas. Posso dizer que esta noite isso aconteceu 3 vezes e já se havia repetido nas 2 noites anteriores.
Se há mais de 8 meses que não sei o que é dormir uma noite inteiro, uma vez que o baby G. ainda acorda para mamar, as 3 últimas noites então têm sido a minha desgraça.  Às 4 e 5 e 6h da madrugada, lá tenho andado meio morta viva pela casa a ver se o M. não faz barulho e se volta a deitar para não perturbar o sono do resto da família.

É natural que tenha então dias como o de hoje em que me sinta mais exausta e sensível.

Não é fácil! Nem sempre é fácil! Principalmente quando se tem uma crianças com necessidades especiais, com todo o atraso de desenvolvimento que lhe está associado, incluindo a sua não fala já com 6 anos. Às vezes é frustrante! Como é que eu sei ao certo o que ele tem se ele não mo consegue dizer? Como eu sei o que ele sente? O que lhe dói? O que lhe vai na alma? Posso fazer suposições mas, com certeza, nem sempre serão as acertadas. É tão difícil quando queremos fazer mais e melhor e não conseguimos!

Aprendem-se muitas coisas quando se tem crianças com problemas… Aprende-se a ver a vida de outra perspectiva, aprende-se a valorizar coisas que nunca seriam valorizadas em crianças com desenvolvimento normal. E há uma preocupação que nunca mais deixará de existir: O que as espera no futuro!? Espero que o futuro do meu M. seja muito risonho! Mas será? Só Deus sabe! O importante é acreditar!

E por hoje me vou, com uma lagrimita no olho…

A vida não é só um mar de rosas!




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6 comentários:

  1. Força querida! Pensa sempre, antes de adormeceres, que amanhã será melhor! Um dia de cada vez! E tens direito à lagriminha no olho!! Porque ninguém é de ferro! E porque PEA mais 4 não é para todos!! E tu és um exemplo!
    Abraço forte
    Gisela Marques

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  2. Carla, o coração de mãe é assim mesmo!
    Agora por exemplo tb tou de lágrima no canto do olho, depois de ler o seu post revi-me em tanta coisa!!!! O nosso amor é imenso, gigantesco, eterno... damos a vida por eles se for preciso... ainda há pouco escrevi no meu blog (IT'S A GiRL) sentimentos similares pelas minhas M's. Hoje tou tão cansada que parece k fui atropelada... mas amanhã é outro dia!
    Os virus andam por aí,as minhas pequeninas tb estiveram assim na semana passada. A mais velha acordou 3 vezes a chorar durante a noite e depois vomitava em jato... foi complicado...chorava o dia todo... mas dei lhe um remédio k tenho sempre ca em casa e passou logo, no dia seguinte ja so tinha diarreia!
    Força Carla! Eles precisam de si! E o seu coração deles...
    Bjinhos

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  3. Faltam-me as palavras para reconfortar uma mãe que tantos e tão duros desafios tem! Que difícil deve ser, que ansiedade imensa deve causar!
    Um beijinho grande (silencioso)

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