quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pequenas coisas que enchem o coração

Todos os dias de manhã levo os meus filhos à escola. É uma daquelas coisas que sempre fiz questão de ser eu fazer. Uma das funções que, para mim, não é delegável.
Muitos são os dias em que o H. tem de sair mais cedo e eu faço a distribuição dos 5 sozinha, com tempo, sem stress, antes de eu mesma ter de ir trabalhar. Felizmente, tenho um horário de trabalho que me permite ter disponibilidade para fazer todo este acompanhamento de entradas e saídas de escolas e actividades extra-escola.
Posso dizer-vos, por exemplo, que sempre nos meus terminus de gravidez levei os mais velhos até ao último dia. Apesar do H. me ter dito imensas vezes que o faria, para me poupar, eu sempre achei que isso não teria de mudar pelo facto de estar grávida. Felizmente todas as minhas gravidezes foram tranquilas e me permitiram fazê-lo.
Entenda-se que não considero que seja melhor ou pior mãe por isso. Sou como sou, cada uma é como é, e ninguém pode julgar os outros por isso.

Como os níveis de ensino de cada um já é bem distinto, tenho sempre de passar por três estabelecimentos de ensino diferentes. A escola da F., a escola do M. e o colégio dos mais novos.
Se os podia ter todos no mesmo estabelecimento? Podia, pois existem imensos colégios privados onde isso é possível. Mas os meus filhos não os frequentam.
Como é sabido, não existem creches (0 aos 3 anos) públicas. O estado apenas assegura alguns estabelecimentos escolares a partir dos 3 anos, os chamados jardins de infância. Como sempre tive necessidade de deixar os meus filhos aos 6 meses para retomar o trabalho, a vertente creche frequentada por eles sempre foi privada. Não achando eu que fosse recomendável mudá-los aos 3 anos, quando tinham grupos de amigos já definidos e adultos com os quais tinham uma excelente relação, sempre optei por deixá-los frequentar também o ensino pré-escolar no privado. Mas a partir daí as crianças que frequentam aquele colégio têm obrigatoriamente de mudar de estabelecimento.
É nesta altura que deixa de fazer sentido para mim mantê-los no privado. Posso dizer que sempre tive imensa sorte. Sempre encontrei pessoas super profissionais, dedicadas, que procuram a cada dia fazer mais e melhor no ensino público. Eu sempre estudei no público. Pelo que nunca encontrei uma razão para que fosse diferente, tendo o público a vantagem de ser muito mais barato do que o privado. Assim sendo, apenas os três mais novos frequentam o mesmo colégio.
Mais uma vez, refiro que não estou a julgar ninguém. Cada um sabe o que é melhor para si e para os seus. Ninguém é melhor ou pior por frequentar o ensino público ou privado. É apenas uma opção de vida.

Enche-me o coração ver o carinho e amor que dispensam uns aos outros todas as manhãs. As despedidas matinais dos mais velhos, os cuidados para que todos fiquem bem… E existe uma cena, repetida diariamente, que me faz sorrir e ter a certeza de que os meus ensinamentos de mãe dão frutos e que é este o caminho: ver o S. grande pegar na mãozinha do S. pequenino e irem os dois cheios de felicidade, juntos, para a sala de acolhimento. Eu sorrio, todos sorriem, ao ver a doçura que os liga, o instituto protector, o cuidado, o amor.


E é isto!



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