Hoje foi dia de ida ao hospital com o Martim, para uma consulta de otorrinolaringologia.
Sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele iria ser convocado para uma cirurgia ao ouvido um pouco complexa, devido a um diagnóstico que lhe foi feito e que assim o recomenda, para evitar problemas futuros graves.
Contudo, hoje houve desenvolvimentos e foi recomendado que, para além de uma intervenção cirúrgica, ele fosse submetido a duas, em períodos de tempo distintos, sendo a primeira realizada já no próximo mês.
Eu sei que a primeira, aos olhos de muitas pessoas, será uma operação simples, que é feita recorrentemente a inúmeras crianças. Mas com o Martim é diferente! Ele é uma criança que foge a sete pés de tudo o que são instrumentos hospitalares. Uma simples espátula para lhe observar a garganta é um terror! Com um quadro de autismo acentuado, que o faz não perceber e aceitar convenientemente a necessidade de ter de ficar numa cama de hospital ligado a soro, pior um pouco. Já para não falar de períodos pós-operatórios que vão ser complicados e com os quais ele não vai colaborar.
Eu sei que o meu filho vai estar muito bem entregue a uma excelente equipa, chefiada pelo médico que o acompanha desde os 3 anos e o qual só posso louvar e dar graças a Deus por ter cruzado o nosso caminho. O cuidado, paciência e dedicação com que sempre tratou o Martim sempre foram irrepreensíveis.
Mas coração de mãe sofre. Sofre muito ao mínimo sinal de alarme. Fica preocupado e triste, o que influência o estado de espírito de todo um dia. E este o meu hoje.
Amanhã será melhor...