Após o nascimento do bebé, toda a
nossa atenção é centrada em si, mas a verdade é que, mais tarde ou mais cedo, a
actividade sexual do casal será retomada e é conveniente evitar uma nova
gravidez, não só por questões relacionadas com a ligação da mãe com o bebé que
acabou de nascer e da disponibilidade de que ele necessita, mas também porque
curtos intervalos intergestacionais podem aumentar o risco de complicações
tanto para a mãe, como para o novo feto. O ideal é esperar cerca de 2 anos.
É então muito importante fazer
uma contracepção eficaz e segura no período pós-parto e, de preferência, que não interfira
com a amamentação.
É verdade que, durante os
primeiros 6 meses, caso o bebé se alimente exclusivamente com leite materno, a
hipótese de engravidar é bastante reduzida – método contraceptivo natural. Mas
o período de infertilidade durante a amamentação é incerto e imprevisível,
havendo um risco de 2% de ocorrer uma nova gravidez. Basta também começar a
substituir algumas mamadas por outro tipo de alimentação (sopas, papas,…) para
a protecção natural diminuir. Assim sendo, a
prevenção é fundamental.
Existem inúmeras opções
contraceptivas no mercado, mas a mais indicada durante o período de amamentação
é a pílula de progesterona de uso contínuo (a chamada mini-pílula), pois não
contém estrogénio, inadequado para quem amamenta.
Outros métodos considerados eficazes
e que não interferem com a amamentação são o preservativo, o dispositivo
intra-uterino (DIU) e o implante subdérmico, sendo os dois últimos métodos duradouros. O DIU pode ser aplicado 4 semanas após o parto, tendo a duração de 5 ou 10, consoante o tipo de dispositivo. O implante, por sua vez, pode ser colocado 6 semanas após o parto, tendo a duração de 3 anos.
Existem outros métodos contraceptivos, mas
que interferem com a qualidade e quantidade do leite materno: o anel vaginal e o contraceptivo oral combinado (a pílula normal). O diafragma
também é outro método contraceptivo mas mais eficaz quando utilizado em conjunto
com um espermicida.
Em casos extremos em que o casal
decida que não quer mesmo ter mais filhos é possível optar por métodos
definitivos como a vasectomia no homem ou a laqueação das trompas na mulher.
Claro que esta é uma decisão séria que terá de ser muito bem pensada, uma vez
que a vida é cheia de imprevistos e as verdades de hoje podem não ser as
certezas de amanhã.
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