Na sequência deste post que escrevi, eis a opinião da minha amiga Cláudia Dias, psicóloga.
As crianças aprendem de muitas formas sobre relações familiares e, no entanto, esta aprendizagem pode não ser muitas vezes feita, nem de uma forma positiva ou Guiada. É importante, no processo, que se encontrem pontos de partilha, de expressão, e envolver as crianças em tarefas domésticas é um óptimo exercício.
Quando as crianças contribuem para a vida familiar de um modo mais activo, ajuda-as a sentirem-se mais competentes e responsáveis, a auto–estima aumenta, assim como existe uma consciencialização do efeito que as suas acções têm em terceiros. A conjugação destes factores anteriormente mencionados é condusiva a uma maturidade emocional que leva a criança a aceitar desafios, a resolver problemas, aceitar derrotas, mas também a demonstrar preserverança. Estes são os factos que nos preparam para a vida.
No entanto, este processo não é só de aprendizagem para os pequenos. Os Graúdos também têm a sua quota parte de aprendizagem. Saber delegar é tão importante quanto ensinar. Quando delegamos uma tarefa estamos a delegar responsabilidade e confiança, o que nem sempre é fácil. Parte do processo é assumir que a tarefa não precisa de ser feita como nós a fazemos, que existem vários graus de “bom” e que o essencial é que a tarefa tenha cumprido ou possa cumprir o seu propósito. Por exemplo, umas calças tanto podem ser penduradas de pernas para cima como para baixo o importante é que fiquem penduradas sem o perigo de caírem no chão.
Porquê tarefas domésticas? As razões são várias. Os pais são e serão os melhores guias para os filhos. Quando o processo de partilha é bem sucedido este pode reduzir o stress familiar e pode estreitar laços de confiança e empatia entre pais e filhos. As tarefas domésticas podem ser facilmente dividas por etapas e contêm a dificuldade ou simplicidade para constituir um desafio apropriado a cada idade.
Por outro lado, é importante que a tarefa seja de acordo com a habilidade e idade da criança. Quando a tarefa não é a adequada pode causar frustração e quando é fácil demais é aborrecida.
Existem tarefas para todas as idades e mesmo os mais pequenos podem ajudar a arrumar os brinquedos. A mensagem a passar é simples: a sua contribuição é importante e sem ela a tarefa não teria sido feita. Assim, a família é uma unidade para a qual todos contribuem, fazendo os pais felizes e eles uma parte indispensável do processo. Reforçar e encorajar o feito incentiva a começar e completar as tarefas. Aqui a recompensa deve ser estrictamente emocional, pelo que se desaconselha incentivos monetários.
Por último, deixo algumas tarefas de referência para as várias idades:
2-3 anos de idade:
• Arrumar brinquedos e livros.
• Colocar a roupa no cesto da roupa suja, em pegas , etc.
• Colocar os guardanapos na mesa para as refeições.
4-5 anos de idade:
• Colocar a mesa para as refeições.
• Ajudar a cozinhar, com supervisão.
• Ajudar a escolher as roupas de cada membro da família para que estas sejam arrumadas ou passadas.
• Ajudar a fazer compras e colocar as compras nos armários.
• Dar roupas molhadas para que estas sejam penduradas na corda.
6-8 anos de idade
• Regar as plantas em casa e jardim.
• Escovar, dar comida e água, aos animais.
• Ajudar a manter o jardim em ordem, com supervisão.
• Limpar o lavatório.
• Limpar as bancadas da cozinha.
• Ajudar a lavar e pendurar roupa.
• Dobrar a roupa seca e lavada.
• Lavar o chão.
• Secar e colocar pratos e talheres nos armários.
• Limpar o pó.
• Colocar o lixo no contentor.
• Ajudar a cozinhar e colocar comida nos pratos com supervisão.
Lembrem-se que rotina pode ser monótona e que o sabor da vida está nas novas experiências que vivemos.
Obrigada Cláudia!
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Olá minha linda!
ResponderEliminarQue bom ler aqui a opinião de um profissional!
(E confesso que me agradou saber que, neste aspecto, sigo o caminho certo!)
Beijocas