Chegou a hora da cirurgia!

Desde os 3 anos que o Martim está diagnosticado com uma otite crónica e alguma surdez no ouvido esquerdo, prevendo-se a necessidade de ser sujeito a uma intervenção cirúrgica quando fosse mais crescido. Não era nada considerado de urgência, uma vez que toda a sua estrutura estava (e ainda está!) em desenvolvimento, sendo o procedimento recomendado para mais tarde.

Mas subitamente tudo mudou! Mudou porque, após a realização de um TAC, foi-lhe detectado um colesteatoma. 

O colesteatoma é um crescimento progressivo do epitélio escamoso queratinizado que toma o ouvido médio e/ou o processo mastoide. Embora não seja de natureza cancerosa, o colesteatoma pode causar graves problemas por causa de suas propriedades erosivas e expansivas que podem resultar na destruição dos ossículos do ouvido médio e na propagação para a base do crânio. Se não for adequadamente tratado, este pode também levar à deterioração nervosa, surdez, vertigem, perda do equilíbrio, perda auditiva, abscessoscerebrais e septicemia.

Ora, o tratamento para o colesteatoma é cirúrgico, tendo como objectivo remover o tumor de maneira permanente e reconstruir as funções normais das estruturas que tenham sido afetadas, razão pela qual a necessidade passou a ser mais urgente realizar a cirurgia.

Eu sabia que, estando em lista de espera, o meu filho poderia ser chamado a qualquer momento. E foi. Chegou o seu dia. Mas a verdade é que nós mães nunca estamos preparadas para estas coisas e acabamos sempre por nos senti pequeninas e impotentes, nesta nossa mania de protegê-los. Mas há coisas que não dependem de nós. Coisas impossíveis de controlar e que temos de colocar nas mãos de Deus e de excelentes profissionais de saúde.

Posso dizer-vos que o médico que acompanha o Martim desde os 3 anos é fantástico, como profissional e como ser humano. A atenção, o cuidado e a forma como lida com ele é admirável, apesar de nem sempre ser fácil.  E nunca me esqueço que, apesar da nossa primeira consulta ter sido no privado, sugeriu de imediato a passagem para o hospital público devido aos custos de exames e afins que o Martim teria de fazer. É de louvar! Nem todos o fariam.

Mas, voltando ao Martim...

Estes dias têm então sido passados entre consultas e exames para que na próxima sexta-feira tudo esteja em ordem para a realização da cirurgia. Até lá, cá vou eu andar de coração nas mãos e, provavelmente, um pouco mais ausente.

Sigam-nos no INSTAGRAM